quinta-feira, 31 de julho de 2008

''O tal tempo que você falava''


Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará escuro. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum pra discar. Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbtas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você [...] e só vão ter algumas músicas repetindo no seu rádio: AS NOSSAS. Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração... E vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho delicioso de novo. O nome disso é ''saudade'', aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado de mais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta, ela estará muito trancada. Se aberta, mostrará uma casa vazia. Seus olhos te ensinarão o que são ''lágrimas'', aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjôo que você vai sentir é ''arrependimento'', e a falta de fome que virá chama-se ''tristeza''. Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados... você encontrará a famosa ''solidão''. A partir daí o que acontecerá chama-se ''surpresa'', e provavelmente o remédio para todas essas sensações acima... é o tal ''tempo'' em que você tanto falava!
bgs ♥

Um comentário:

Pamela Rinaldi disse...

As vezes por nauM entender o própio sentimento acabam perdendo um Grande amor. =/